quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Band-aids

Once in a while
We get hurt
It’s inevitable

As kids, we fall
We fall out of bed
We fall out of trees
We fall off horses and bikes
We fall on our knees

As grown-ups, our falls are different
We fall out of favor
We fall short of expectations
We fall in love

But no matter the way you fall
In an instant the pain starts
Wounds are formed
And all of them leave scars
Although some cannot be seen by bare eyes

It takes time to heal
No matter how deep a wound is
They don’t heal easily
Even the most superficial ones
Some need stitches
Others just a band-aid

But someday, somehow
These wounds are healed
And the pain is gone
So we are ready to fall again
Because eventually, it always happens

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Análise

"Frequentemente tenho longas conversas comigo mesmo, e sou tão inteligente que algumas vezes não entendo uma palavra do que estou dizendo" (Oscar Wilde)

"Quando eu me pergunto quem sou eu, sou o que pergunta ou o que não sabe a resposta?" (Geraldo Eustáquio)


Não gosto de psicólogos ou terapeutas. Não consigo conversar com eles, fazer análise, terapia. Eles me irritam! Me irritam quando usam frases feitas, ficando em cima do muro, como quem quer aconselhar sem se comprometer. Me irritam também quando me dizem algo que não quero ouvir. Ninguém gosta de ser julgado, ninguém paga para isso. Mas o que mais me irrita nos psicólogos é quando silenciam. Sou daquelas que precisa de interlocutor. Quer me irritar?! Não me responda, não fale comigo, apenas ouça. Fico doida! Simplesmente não aguento. Preciso de interlocutor! Mas está errado quem pensa que tenho dificuldades em “me abrir”. Na verdade, eu me abro; eu falo muito sobre mim. Às vezes, falo para alguns amigos; mas diariamente, tenho longas sessões de análise comigo mesma. Na hora do banho. No trem no caminho de casa. Na hora de dormir. Falo muito, conto meus problemas, falo dos meus planos, das frustrações, dos amores... e respondo também, sou meu próprio interlocutor. E não há melhor interlocutor do que eu. E como gosto de falar, por vezes até me canso de me ouvir. Faço-me críticas. Dou-me conselhos. Puxões de orelha também. Dou risada dos meus micos ao recontá-los, choro diante das coisas ruins que me aconteceram. Revivo os melhores e piores instantes dos meus dias em intermináveis conversas íntimas. Mas nem tudo que falo são fatos. Também adoro criar histórias do que não vivi. Gosto de imaginar como seria minha vida se eu não tivesse feito as escolhas que fiz. Se em vez de estudar letras, eu tivesse feito medicina. Se em vez de fazer mestrado, eu tivesse ido viajar. Se em vez de aceitar aquele convite no Facebook, eu tivesse escolhido recusá-lo. Escolhas que mudam nossas vidas, que definem quem somos. O que seria da minha vida se minhas escolhas fossem outras? Na tentativa, por vezes desesperada, de responder a essa pergunta, eu crio histórias paralelas. Na maioria das vezes dramáticas, e sempre inacabadas. Talvez por isso também eu deteste tanto os psicólogos. Se eu realmente me abrisse com eles, seria internada como louca. Mas talvez - como alguém já disse por aí - a loucura seja a melhor maneira de encarar a realidade.

Start Me Up

People are really romantic about the beginnings of things. Fresh start, clean slate, a world of possibility. But no matter what new adventure you're embarking on, you're still you. You bring you into every new beginning in your life. So how different can it possibly be?
It's all anybody wants, right? Clean slate, a new beginning. Like that's gonna be any easier. Ask the guy pushing the boulder up the hill. Nothing is easy about starting over. Nothing at all. (Meredith Grey - Grey’s anatomy – s7e12 - Start Me Up)

Como é difícil começar. Venho há tempos tentando iniciar este blog, mas toda vez que penso sobre fazê-lo, acabando encontrando diversos empecilhos e desisto. Que nome dar? Escrever com que propósito? Falar sobre o quê? O certo é que não sei bem sobre o que quero escrever, apenas sei que quero.

Por enquanto, então, o nome será este mesmo. Wintertime. Você deve estar se perguntando: por que estrear um blog em pleno verão com esse título? Não sei bem. Talvez seja porque gosto do inverno. Ou porque ele simplesmente se opõe ao verão. É fevereiro, o calor está escaldante e não suporto mais esse clima. De todas as estações, esta é a de que menos gosto. O sol forte queimando a pele, o calor que sufoca. Não, não gosto. Do verão fico apenas com os banhos de piscina e as caminhadas à beira-mar. Já o inverno, desse eu gosto sim. Gosto do jeito mais elegante de se vestir, do vento gelado batendo ao rosto. Gosto dos dias chuvosos para debaixo do cobertor assistir um velho filme romântico na sessão da tarde, comendo pipoca com melado ou chocolate quente, ou simplesmente dormir bem abafada ao som da chuva. Há algo de romântico sobre o inverno. E eu sou romântica. Também gosto do outono com as folhas caindo, ou da primavera com as flores nascendo. Mas definitivamente gosto mais do inverno. Ele me encanta!

Sobre o que você vai ler neste blog? Não sei ao certo. Um pouco de tudo. Mas como não sou grande conhecedora de quase nada (músicas, filmes, novelas, etc), aqui você lerá principalmente um pouco de mim. A minha versão sobre os fatos. O meu olhar sobre o mundo.

Sinta-se a vontade para criticar, sugerir, discordar. Seja bem-vindo e boa leitura!